Sobre a anunciada redução de serviços no Hospital de Serpa
Proposta de Deliberação
Sobre a anunciada redução de serviços no
Hospital de S. Paulo, em Serpa
Em Julho 2011, o SAP – Serviço de Atendimento Permanente – do Hospital de Serpa foi substituído pelo chamado SUA – Serviço de Urgência Avançado – com promessas de melhoria da qualidade de atendimento que se revelaram uma autêntica fraude.
O serviço médico passou a ser assegurado por uma empresa de aluguer de mão-de-obra que trabalha “à peça”, sem conhecimento dos doentes e da sua história clínica. Estes profissionais têm vindo a fazer pressão para o encerramento do serviço de urgência, alegando falta de condições de trabalho, tal como aconteceu no passado em relação às cirurgias.
De facto, há muito que o nosso Hospital não funciona de forma satisfatória:
• O serviço de urgência tem apenas uma equipa, com um médico e um enfermeiro, apesar de a lei dispor que deveria haver dois médicos, dois enfermeiros e meios de diagnóstico terapêutico a funcionar 24 horas por dia.
• A fisioterapia ficou sem utentes externos ao Hospital, por falta de transportes.
• Desde 2010 que os exames de RX não têm relatório e ainda não foram digitalizados, o que levanta preocupações sobre o seu futuro, já que todos os serviços de imagiologia terão de estar digitalizados até ao início de 2012.
E pode piorar a partir e 1 de Outubro, segundo as deliberações da administração da ULSBA:
• O laboratório de análises clínicas ficaria reduzido a um mero posto de colheitas durante a manhã, que seriam enviadas para o Hospital de Beja.
• O internamento só teria médico durante a manhã e apenas aos dias de semana.
Esta degradação dos serviços do Hospital de Serpa não é casual nem constitui uma novidade. Nos últimos anos encerrou a farmácia, as consultas externas de cirurgia e pequena cirurgia, ortopedia e outras; só ficaram as consultas de fisiatria e diabetes.
A população idosa, sem posses para pagar as deslocações a Beja, Évora ou Lisboa é a mais penalizada. E até os bombeiros são afectados pela falta de serviços de transporte de doentes, que deixaram de ser comparticipados.
Há pois uma política continuada e concertada de liquidação de serviços que, a não ser travada, conduzirá ao encerramento definitivo do Hospital de S. Paulo, afectando gravemente as populações do concelho de Serpa e da toda a margem esquerda do Guadiana.
Perante esta situação altamente preocupante para a saúde e a qualidade de vida dos munícipes, a Assembleia Municipal de Serpa, reunida em 30/09/2011, delibera:
1 – Repudiar o anunciado esvaziamento do laboratório de análises clínicas e do serviço médico no internamento do Hospital de S. Paulo.
2 – Exigir a reposição e melhoria das condições humanas e materiais de equipamento do Hospital de S. Paulo que possibilitem o funcionamento do prometido Serviço de Urgência Básica em Serpa, em articulação com o Centro de Saúde e com os profissionais que aqui travam diariamente a batalha de promoção e de educação para a Saúde no quadro do SNS, cuja missão vai muito para além do mero combate às doenças.
3 – Saudar e apoiar activamente as acções de protesto dos utentes, dos cidadãos e de todas as instituições representativas do concelho, em defesa do direito à saúde e para travar as medidas gravosas que a Administração da ULSBA quer impor a partir de 1 de Outubro.
NÃO DEIXAREMOS QUE NOS ROUBEM O BEM MAIS PRECIOSO:
A SAÚDE!
Guida Ascensão
Deputada Municipal do Bloco de Esquerda
Sobre a anunciada redução de serviços no
Hospital de S. Paulo, em Serpa
Em Julho 2011, o SAP – Serviço de Atendimento Permanente – do Hospital de Serpa foi substituído pelo chamado SUA – Serviço de Urgência Avançado – com promessas de melhoria da qualidade de atendimento que se revelaram uma autêntica fraude.
O serviço médico passou a ser assegurado por uma empresa de aluguer de mão-de-obra que trabalha “à peça”, sem conhecimento dos doentes e da sua história clínica. Estes profissionais têm vindo a fazer pressão para o encerramento do serviço de urgência, alegando falta de condições de trabalho, tal como aconteceu no passado em relação às cirurgias.
De facto, há muito que o nosso Hospital não funciona de forma satisfatória:
• O serviço de urgência tem apenas uma equipa, com um médico e um enfermeiro, apesar de a lei dispor que deveria haver dois médicos, dois enfermeiros e meios de diagnóstico terapêutico a funcionar 24 horas por dia.
• A fisioterapia ficou sem utentes externos ao Hospital, por falta de transportes.
• Desde 2010 que os exames de RX não têm relatório e ainda não foram digitalizados, o que levanta preocupações sobre o seu futuro, já que todos os serviços de imagiologia terão de estar digitalizados até ao início de 2012.
E pode piorar a partir e 1 de Outubro, segundo as deliberações da administração da ULSBA:
• O laboratório de análises clínicas ficaria reduzido a um mero posto de colheitas durante a manhã, que seriam enviadas para o Hospital de Beja.
• O internamento só teria médico durante a manhã e apenas aos dias de semana.
Esta degradação dos serviços do Hospital de Serpa não é casual nem constitui uma novidade. Nos últimos anos encerrou a farmácia, as consultas externas de cirurgia e pequena cirurgia, ortopedia e outras; só ficaram as consultas de fisiatria e diabetes.
A população idosa, sem posses para pagar as deslocações a Beja, Évora ou Lisboa é a mais penalizada. E até os bombeiros são afectados pela falta de serviços de transporte de doentes, que deixaram de ser comparticipados.
Há pois uma política continuada e concertada de liquidação de serviços que, a não ser travada, conduzirá ao encerramento definitivo do Hospital de S. Paulo, afectando gravemente as populações do concelho de Serpa e da toda a margem esquerda do Guadiana.
Perante esta situação altamente preocupante para a saúde e a qualidade de vida dos munícipes, a Assembleia Municipal de Serpa, reunida em 30/09/2011, delibera:
1 – Repudiar o anunciado esvaziamento do laboratório de análises clínicas e do serviço médico no internamento do Hospital de S. Paulo.
2 – Exigir a reposição e melhoria das condições humanas e materiais de equipamento do Hospital de S. Paulo que possibilitem o funcionamento do prometido Serviço de Urgência Básica em Serpa, em articulação com o Centro de Saúde e com os profissionais que aqui travam diariamente a batalha de promoção e de educação para a Saúde no quadro do SNS, cuja missão vai muito para além do mero combate às doenças.
3 – Saudar e apoiar activamente as acções de protesto dos utentes, dos cidadãos e de todas as instituições representativas do concelho, em defesa do direito à saúde e para travar as medidas gravosas que a Administração da ULSBA quer impor a partir de 1 de Outubro.
NÃO DEIXAREMOS QUE NOS ROUBEM O BEM MAIS PRECIOSO:
A SAÚDE!
Guida Ascensão
Deputada Municipal do Bloco de Esquerda
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