MOBILIZAÇÃO POPULAR TRAVOU ENCERRAMENTO DA URGÊNCIA 24 H. NO HOSPITAL DE SÃO PAULO
Perante o protesto convocado por SMS e pelas redes sociais que se realizou a partir das 23h00 de ontem, o serviço de Urgência no Hospital de São Paulo mantém-se aberto 24 horas por dia, ao contrário do que chegou a ser anunciado em comunicado pela Misericórdia de Serpa.
Esta acusa a ULSBA - Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo - de não cumprir o protocolo, assinado em 2014 pela administração nomeada pelo governo PSD/CDS.
Este protocolo, desastroso para o SNS, está a ser renegociado pela administração da ULSBA que anunciou a
intenção de retomar a gestão pública do Hospital de S. Paulo.
O Bloco de Esquerda apresentou em 2016 um projeto de resolução na Assembleia da República, recomendando o regresso ao SNS deste e de outros hospitais entregues às Misericórdias, projeto então chumbado por PSD e CDS, com a abstenção do PS.
Segundo o comunicado que reproduzimos abaixo, a Misericórdia quer
ficar com "a gestão das duas Unidades de Cuidados Continuados (U.
Convalescença e U. de Paliativos) a funcionar no 1.º andar do edifício", justamente as mais rentáveis e com financiamento garantido pelo SNS, mas pretende livrar-se da Urgência
O fecho da Urgência estava a ser preparado pela
calada e serviu de arma negocial da Misericórdia face à ULSBA, à custa dos interesses dos utentes. Esta intenção fracassou hoje, mas é preciso que as populações do concelho de Serpa e da margem esquerda do Guadiana se mantenham atentas.
É urgente que a ULSBA denuncie o protocolo de 2014 e que o Hospital de São Paulo regresse à gestão publica do SNS. É preciso que se mantenha
a Urgência 24 horas e sejam repostos os serviços retirados ao Hospital de São Paulo entre 2007 e 2014. Foi este esvaziamento que permitiu à
Misericórdia apresentar-se como “salvadora” dos serviços de saúde em Serpa, com os (maus) resultados que estão à vista.
Ver comunicado da
Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Serpa no Facebook
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