TERESA PIZARRO CANDIDATA À ASSEMBLEIA MUNICIPAL

 

TERESA PIZARRO
CANDIDATA À ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Tradutora, 32 anos
 
“Um concelho que luta diariamente contra o envelhecimento da sua população (...) deveria estar focado em políticas municipais que incentivassem o regresso da população jovem natural de Serpa”
 
 
Chamo-me Teresa Pizarro, tenho 32 anos e sou tradutora profissional. Há 8 anos decidi trocar o norte pelo sul do país. Naquela altura, devido ao contexto político e à crise económica, era muito comum verem-se jovens recém-licenciados e trabalhadores, os tais da Geração À Rasca, da qual também fiz parte, saírem das suas cidades em busca de melhores condições de vida e novas oportunidades de trabalho.
 
Portugal não era um país para jovens formados encontrarem trabalho bem remunerado nas suas áreas de formação. Portugal tinha-se tornado num país de despedimentos, estágios mal renumerados, trabalha- dores intermitentes e falsos recibos verdes. A taxa de desemprego jovem nunca tinha sido tão alta e, por isso, mandaram-nos emigrar.
 
Agora, passados dez anos das primeiras manifestações da Geração à Rasca e da maior onda de emigração ocorrida em Portugal até à data, o interior do país continua a ser fortemente afetado pelo fenómeno do êxodo rural. A desertificação da região do Baixo Alentejo é um dos problemas que mais me tem transtornado ao longo desta quase década em que vivo em Serpa.
 
O fraco investimento municipal que tem sido feito a nível da habitação e a inexistência de políticas que atraiam a população jovem e promovam em simultâneo a sua fixação, por exemplo, através da reabilitação dos edifícios desocupados nos centros históricos e do seu posterior arrendamento condicionado, são elementos impeditivos à revitalização dos municípios e, consequentemente, à fixação da população no nosso concelho.
Um concelho que luta diariamente contra o envelhecimento da sua população e contra a degradação dos seus centros históricos, deveria estar focado em políticas municipais que, em conformidade com o artigo 21.o da Lei de Bases da Habitação, incentivassem o êxodo urbano e o regresso da população jovem natural de Serpa, que todos os anos sai do concelho para estudar e acaba por se fixar nos grandes centros urbanos.
Considero fundamental combater a despovoamento que tem vindo a assolar o nosso concelho não só através da criação de mais emprego, mas também através do desenvolvimento de programas que promovam o investimento na habitação destinada a jovens, pessoas em situação de vulnerabilidade e idosos.
 
A habitação digna é um direito de todos, incluindo das populações imigrantes que atualmente trabalham e vivem no nosso concelho, e que contribuem todos os dias de forma ativa para o seu desenvolvimento económico. O primeiro passo para ajudar estas pessoas a saírem da situação de vulnerabilidade em que muitas vezes se encontram é ajudá-las a encontrar uma casa onde possam viver condignamente.
Um outro passo, não de somenos importância, é o combate ao discurso racista e xenófobo que tem vindo a ganhar terreno na nossa região, fortemente impulsionado pela extrema-direita que de forma maliciosa e oportunista promove o ódio, a intolerância e a discórdia dentro da nossa comunidade.
Qualquer movimento que tenha uma natureza fascista e autoritária constitui uma ameaça aos direitos e liberdades de todos. Não podemos permitir que isto aconteça em Serpa!
 
É por isso que estou aqui.
 
Porque acredito numa sociedade mais justa e igual para todos.
Porque quero lutar por um concelho mais inclusivo e solidário, onde todos podem encontrar o seu lugar, sem exceções.
Porque sei que existem formas mais eficazes de atuar que podem trazer, a médio e longo prazo, benefícios ao nosso concelho, tanto a nível patrimonial, como a nível social e cultural.
 
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